A televisão é um dos instrumentos mais intrusivos da nossa sociedade. Não apenas por estar em todo o lado, mas porque atira para dentro de casa tudo o que tem, incluindo cadáveres, feridos, bombas e intrigas, associados a uma disritmia e a um "pssst!" constante que impede qualquer conversa. Estamos mais interessados nas quedas de camiões em ribanceiras da Tailândia do que no que se passou com o nosso filho na escola... Os locutores tornam-se mais interessantes do que os pais. As telenovelas ganham o palco, e quantas vezes os pais não dizem aos filhos "cala-te que estou a ouvir as notícias!". Existe um botão, seja no comando seja no aparelho, que permite desligar o televisor. Jantar ou almoçar sem televisão é fundamental, e exprime o paradigma sob o qual as pessoas se regem. Querem estragar a vossa vida famiiar, impedir a comunicação pais-filhos e serem escravos do ecrã? É convosco, mas depois não se queixem!
Mário Cordeiro,
Notícias Magazine de 13 de Dezembro de 2009
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