Aproxima-se a hora de grandes decisões. Todo o mundo, quiçá Portugal também, espera pela noite de hoje, quinta-feira. Conhecido por dia da caça, também hoje acontecerá, por um lado, a tão desejada, por outro, a tão hedionda, caça às bruxas ali para os lados de Barcelos ("No creo en brujas pero que las hay, las hay").
Ninguém fica indiferente e o fiel da balança terá de pender para um dos lados. É o que se chama justiça (ou recurso à justiça!). O fantasma paira no ar e a ameaça é bem real. Há quem receie a decisão da Assembleia e há quem dê alvíssaras para que a decisão seja pelo sangue.
Desde que o Benfica passou, com êxito, a 3ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões, não se fala de outra coisa senão dos três grandes pela primeira vez na Champions (e no futebol português, 3 e 1ª vez poderá ser o cabo dos trabalhos!).
Na terra do Pai do Teatro, assistiremos ao fim deste naco de peça tão suculentamente rentável ou tão fetidamente conspurcada? Ou será só o princípio do fim, o início de novas cenas, que continuarão a formar os actos da peça já adjectivada?
Entraram em cena personagens que não conheciam o papel e meteram as mãos pelos pés. Outros havia que pensaram ter o poder mas não passavam de figurantes.
Uns assistem a tal espectáculo e riem, outros nem conseguem abrir os olhos (nem querem) e choram.
Eis no palco a metáfora do futebol português!
Que galo cantará?
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